A ordenação é uma prática profunda e crucial dentro da igreja cristã, simbolizando a consagração e separação de indivíduos para papéis específicos de ministério e serviço. Este rito sagrado, profundamente enraizado na tradição cristã, serve não apenas como um reconhecimento formal dos papéis ministeriais, mas também como um ato espiritual que sublinha o compromisso da igreja em manter os ensinamentos e responsabilidades que Cristo confiou aos seus líderes.
Para compreender o pleno significado da ordenação, devemos primeiro olhar para as Escrituras, que fornecem os primeiros modelos e princípios que orientam esta prática. No Antigo Testamento, a ordenação tomava a forma de unção de sacerdotes, como visto na consagração de Arão e seus filhos, onde Moisés os ungiu para servir como sacerdotes (Êxodo 28:41). Este ato de unção os separava para deveres sagrados, dedicados ao serviço de Deus.
O Novo Testamento continua este tema de separar indivíduos para o ministério. Um dos momentos cruciais é encontrado nos Atos dos Apóstolos, onde a comunidade cristã primitiva ordena diáconos para auxiliar nas tarefas ministeriais diárias, garantindo que os apóstolos pudessem se concentrar na oração e no ministério da palavra (Atos 6:1-6). Além disso, as epístolas de Paulo frequentemente se referem à imposição de mãos, uma prática associada à ordenação. Por exemplo, 1 Timóteo 4:14 menciona a ordenação de Timóteo envolvendo a