A história dos sumos sacerdotes após Eli é uma jornada fascinante pela história inicial de Israel, marcada por transições significativas e intervenções divinas. Eli, o sumo sacerdote em Shiloh, presidiu o tabernáculo durante um período tumultuado na história de Israel. Seus filhos, Hofni e Finéias, eram corruptos, levando ao julgamento de Deus sobre a casa de Eli. Após a morte de Eli, o papel de sumo sacerdote viu figuras notáveis que desempenharam papéis cruciais na vida espiritual e nacional de Israel. Vamos mergulhar nessa história, extraindo da narrativa bíblica e de outras fontes históricas para entender quem sucedeu Eli como sumos sacerdotes.
O sucessor imediato de Eli foi seu neto, Aitube. No entanto, a Bíblia não fornece muitos detalhes sobre o mandato de Aitube. A narrativa rapidamente muda o foco para o bisneto de Eli, Aimeleque, que se torna uma figura mais proeminente na história.
Aimeleque serviu como sumo sacerdote durante o reinado do rei Saul. Seu mandato é notavelmente marcado por suas interações com Davi, que estava fugindo da ira de Saul. Em 1 Samuel 21, Davi vai até Aimeleque em Nob, buscando comida e uma arma. Aimeleque fornece a Davi o pão consagrado e a espada de Golias. Este ato de bondade, no entanto, leva a consequências trágicas. Quando Saul descobre a ajuda de Aimeleque a Davi, ele ordena o massacre dos sacerdotes de Nob. Aimeleque e muitos outros sacerdotes são mortos por Doegue, o edomita, servo de Saul (1 Samuel 22:9-19).
Um dos filhos de Aimeleque, Abiatar, consegue escapar do massacre e foge para Davi. Abiatar se torna um apoiador leal de Davi e serve como sumo sacerdote durante o reinado de Davi. A lealdade de Abiatar a Davi é evidente em várias ocasiões. Por exemplo, em 1 Samuel 23:6-12, Abiatar leva o éfode a Davi, permitindo-lhe consultar o Senhor sobre a perseguição de Saul. Abiatar permanece com Davi durante seus anos de peregrinação e mais tarde durante seu reinado como rei.
O mandato de Abiatar como sumo sacerdote, no entanto, não é isento de desafios. Durante a rebelião de Absalão, filho de Davi, Abiatar permanece leal a Davi, junto com outro sacerdote, Zadoque. Em 2 Samuel 15:24-29, quando Davi foge de Jerusalém, Abiatar e Zadoque levam a Arca da Aliança até ele. Davi os instrui a devolver a Arca à cidade, confiando que Deus o trará de volta se for Sua vontade.
Os últimos anos de Abiatar são marcados por intrigas políticas. À medida que Davi se aproxima do fim de seu reinado, uma luta pelo poder surge sobre quem o sucederá. Abiatar apoia Adonias, filho de Davi, em sua tentativa de tomar o trono. No entanto, Davi escolheu Salomão para ser seu sucessor. Quando Salomão ascende ao trono, ele remove Abiatar do sumo sacerdócio, cumprindo a profecia contra a casa de Eli. Em 1 Reis 2:26-27, Salomão poupa a vida de Abiatar, mas o envia para Anatote, encerrando efetivamente seu serviço sacerdotal.
Zadoque, que havia servido ao lado de Abiatar, torna-se o único sumo sacerdote sob Salomão. A linhagem de Zadoque continua a manter o sumo sacerdócio durante os reinados de Salomão e dos reis subsequentes de Judá. O sacerdócio de Zadoque é significativo, pois representa uma mudança da linha de Eli, cumprindo o julgamento de Deus pronunciado em 1 Samuel 2:31-36.
Os descendentes de Zadoque desempenham papéis cruciais durante a monarquia e o exílio. Por exemplo, durante o exílio babilônico, o profeta Ezequiel, ele mesmo um sacerdote, recebe visões que enfatizam a fidelidade dos sacerdotes zadoquitas (Ezequiel 44:15-16). O sacerdócio zadoquita também é significativo no período pós-exílico, como visto nos livros de Esdras e Neemias, onde os sumos sacerdotes são da linhagem de Zadoque.
Em resumo, após Eli, o sumo sacerdócio passa por várias figuras-chave:
Essa transição de Eli para o sacerdócio zadoquita marca uma mudança significativa na liderança religiosa de Israel, alinhando-se com o julgamento e as promessas de Deus. Os sumos sacerdotes após Eli desempenharam papéis fundamentais na orientação de Israel durante períodos de turbulência, monarquia e exílio, moldando a herança espiritual da nação. Suas histórias, inseridas na narrativa mais ampla da história de Israel, refletem temas de fidelidade, julgamento e soberania divina, oferecendo insights profundos sobre os tratos de Deus com Seu povo.