Qual é a definição de arrogante?

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Compreender o conceito de "altivo" dentro do contexto da ética cristã requer uma imersão profunda tanto no uso bíblico do termo quanto em suas implicações para nossa caminhada diária com Cristo. O termo "altivo" é frequentemente usado na Bíblia para descrever uma atitude que é contrária à humildade e ao serviço que Jesus exemplificou e ensinou. Para entender plenamente seu significado e importância, precisamos explorar sua definição, referências bíblicas e as lições morais e éticas que dele derivam.

A palavra "altivo" é derivada da palavra francesa antiga "haut", que significa "alto" ou "elevado". Em inglês moderno, é usada para descrever alguém que é arrogantemente superior e desdenhoso. Uma pessoa altiva é caracterizada por uma atitude de orgulho e autoimportância, muitas vezes olhando para os outros como inferiores. Essa atitude está em nítido contraste com as virtudes de humildade e mansidão que são centrais à ética cristã.

Na Bíblia, o termo "altivo" é frequentemente usado para descrever aqueles que são orgulhosos e arrogantes. Provérbios 16:18 afirma: "O orgulho precede a destruição, um espírito altivo precede a queda." Este versículo encapsula sucintamente a natureza perigosa de uma atitude altiva. Ele adverte que o orgulho e a arrogância são precursores da queda de alguém. Da mesma forma, em Provérbios 18:12, lemos: "Antes da queda, o coração é altivo, mas a humildade precede a honra." Esses versículos enfatizam coletivamente que um espírito altivo não é apenas moralmente errado, mas também leva a consequências negativas.

A Bíblia fornece inúmeros exemplos de indivíduos que exibiram atitudes altivas e enfrentaram repercussões divinas como resultado. Um dos exemplos mais notáveis é o do rei Nabucodonosor no Livro de Daniel. Nabucodonosor era um poderoso rei babilônico que se tornou extremamente orgulhoso de suas realizações e de seu reino. Em Daniel 4:30, ele se gaba: "Não é esta a grande Babilônia, que eu construí com meu grande poder como residência real e para a glória de minha majestade?" No entanto, sua altivez leva à sua queda. Deus o humilha fazendo-o perder a sanidade e viver como um animal até que ele reconheça a soberania de Deus (Daniel 4:31-37).

Outro exemplo marcante é encontrado no Novo Testamento com os fariseus. Jesus frequentemente repreendia os fariseus por suas atitudes altivas. Eles se orgulhavam de sua estrita observância da lei e desprezavam os outros que não atendiam aos seus padrões. Em Lucas 18:9-14, Jesus conta a parábola do fariseu e do coletor de impostos. O fariseu, de pé sozinho, ora: "Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens - ladrões, malfeitores, adúlteros - ou mesmo como este coletor de impostos. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo o que ganho." Em nítido contraste, o coletor de impostos fica à distância, bate no peito e diz: "Deus, tem misericórdia de mim, um pecador." Jesus conclui dizendo que o coletor de impostos, e não o fariseu, voltou para casa justificado diante de Deus. Esta parábola ilustra os perigos da altivez e a virtude da humildade.

As implicações éticas da altivez são profundas. Uma atitude altiva é antitética aos ensinamentos de Jesus, que enfatizou a humildade, o serviço e o amor pelos outros. No Sermão da Montanha, Jesus ensina: "Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra" (Mateus 5:5). A mansidão, muitas vezes mal compreendida como fraqueza, é na verdade uma força caracterizada pela humildade e gentileza. É o oposto da altivez.

O apóstolo Paulo também aborda a questão da altivez em suas epístolas. Em Romanos 12:3, ele escreve: "Pela graça que me foi dada, digo a cada um de vocês: Não pensem de si mesmos mais do que convém, mas, ao contrário, pensem com moderação, de acordo com a medida da fé que Deus lhes concedeu." Paulo exorta os crentes a terem uma avaliação realista e humilde de si mesmos, reconhecendo que seus dons e habilidades vêm de Deus. Em Filipenses 2:3-4, Paulo exorta ainda mais: "Nada façam por ambição egoísta ou vaidade. Pelo contrário, em humildade considerem os outros superiores a si mesmos, não olhando para os seus próprios interesses, mas cada um para os interesses dos outros."

A ética cristã chama para uma vida marcada pela humildade, reconhecendo nossa dependência de Deus e nossa interconexão com os outros. Uma atitude altiva perturba essa harmonia e leva à divisão, conflito e, em última análise, à separação de Deus. Tiago 4:6-7 nos lembra: "Mas ele nos dá mais graça. Por isso diz a Escritura: 'Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes.' Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês."

Para evitar as armadilhas da altivez, os cristãos são encorajados a cultivar a humildade e um coração de servo. O próprio Jesus deu o exemplo supremo de humildade e serviço. Em João 13:1-17, vemos Jesus lavando os pés de seus discípulos, uma tarefa tipicamente reservada para o servo mais baixo. Ao fazer isso, Jesus ensina que a verdadeira grandeza no Reino de Deus é encontrada em servir aos outros. Ele diz em João 13:14-15: "Agora que eu, seu Senhor e Mestre, lavei os seus pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o exemplo para que vocês façam como eu fiz por vocês."

A literatura cristã também fornece insights valiosos sobre os perigos da altivez e a virtude da humildade. C.S. Lewis, em sua obra clássica "Cristianismo Puro e Simples", discute o orgulho como "o grande pecado" e a raiz de todos os outros pecados. Ele escreve: "O orgulho leva a todos os outros vícios: é o estado de espírito completamente anti-Deus." Lewis enfatiza que o orgulho é essencialmente competitivo, pois deriva prazer de estar acima dos outros. Essa natureza competitiva do orgulho fomenta uma atitude altiva, que é destrutiva tanto para o indivíduo quanto para a comunidade.

Em contraste, Andrew Murray, em seu livro "Humildade: A Beleza da Santidade", exalta a virtude da humildade como a base do caráter cristão. Ele escreve: "A humildade é o único solo em que as graças se enraízam; a falta de humildade é a explicação suficiente para cada defeito e falha." Murray enfatiza que a humildade não é apenas um comportamento externo, mas uma disposição interior de reconhecer nossa completa dependência de Deus e nossa necessidade de Sua graça.

Em termos práticos, cultivar a humildade envolve um esforço consciente para reconhecer e combater atitudes altivas. Isso inclui examinar regularmente nossos corações e motivos, buscar perdão por nosso orgulho e praticar intencionalmente atos de serviço e bondade. Também envolve estar aberto à correção e aprender com os outros, reconhecendo que não temos todas as respostas e que podemos crescer através da sabedoria e experiências dos outros.

A oração é outro aspecto essencial para combater a altivez. Através da oração, reconhecemos nossa dependência de Deus e buscamos Sua orientação e força para viver uma vida marcada pela humildade. Os Salmos fornecem inúmeros exemplos de orações que expressam humildade e dependência de Deus. O Salmo 51:17, por exemplo, diz: "O sacrifício que agrada a Deus é um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás."

Em resumo, a definição de "altivo" abrange uma atitude de superioridade arrogante e desdém pelos outros. Biblicamente, a altivez é condenada, pois leva à queda de alguém e é contrária às virtudes de humildade e serviço que Jesus ensinou e exemplificou. A ética cristã chama para uma vida marcada pela humildade, reconhecendo nossa dependência de Deus e valorizando os outros acima de nós mesmos. Seguindo o exemplo de Jesus, examinando regularmente nossos corações, praticando atos de serviço e buscando a orientação de Deus através da oração, podemos combater atitudes altivas e cultivar uma vida que honra a Deus e reflete Seu amor aos outros.

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